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08 julho 2014

Pastor afirma usar apenas a “palavra de Deus” para tratar dependentes químicos

Uma igreja evangélica de Campo Grande (MS) afirma oferecer tratamento para dependentes químicos sem o uso de remédios e sem a presença de profissionais de saúde. O local, chamado Clínica da Alma é liderado pastor Milton Marques, que também é ex-viciado em drogas, e é mantido com doações.
Segundo informações da Folha Press, a clínica fica localizada em uma chácara a 20 km do centro de Campo Grande, e atualmente abriga cerca de cem “pacientes” vindos de cidades de Mato Grosso do Sul e até mesmo de outros estados. Os homens, de diversas idades, chegam ao local através da indicação de parentes ou após serem encontrados nas ruas por fiéis da Igreja Tabernáculo da Glória.
- São pais que não veem os filhos há anos. Perderam emprego, casa e estavam morando na rua – afirma Marques.
O pastor afirma que o tratamento dado no local é baseado nos “dizeres da Bíblia”. Ele ressalta ainda que o uso de medicamentos para o tratamento da dependência química é totalmente proibido no local.
- Não tem lógica dar remédios para um dependente e esperar que ele cuide de tomar na hora certa. Se alguém chegar com remédios controlados aqui, iremos jogá-los fora – explica o pastor.

Marques explica que começou o trabalho abrigando os dependentes na sede da igreja, no centro da cidade, mas que “muitos saíam escondido e continuavam com as drogas”. Após a transferência do trabalho para a chácara, o Ministério Público Estadual instaurou um inquérito para apurar violações dos direitos dos dependentes. Entre as denúncias recebidas contra a clínica está a de cárcere privado e a de que o pastor ficaria com metade do salário de ex-viciados que conseguem emprego.
Sobre as denúncias de cárcere, o pastor afirma que todos os dependentes são livres para sair da chácara, mas que quando alguém tenta ir embora, os outros internos os impedem. Mark Diego da Silva, de 23 anos, é um dos internos da clínica e afirma que tentou fugir três vezes nos primeiros dias, mas que foi impedido por pacientes que estão no local há mais tempo.
- A vontade é de sair correndo. Nessa hora, as pessoas que estão há mais tempo aqui ajudam bastante – relata.

Tratamento
Sem o uso de medicamentos ou a presença de profissionais de saúde, a rotina dos pacientes da clínica é dividida entre orações e o trabalho na chácara. O dia a dia dos dependentes químicos que chegam ao local começa às seis da manhã, quando são acordados para o café. Após a refeição eles trabalham no local até pararem por volta das 11h para o almoço. À tarde, a rotina é novamente dividida entre o trabalho e as refeições e, no fim do dia, os internos são reunidos para orações e estudo bíblico.
Além do inquérito do Ministério Público, o local já foi denunciado também pelo CRP (Conselho Regional de Psicologia), que questiona o fato de o tratamento oferecido na clínica não seguir os padrões pré-definidos pelos órgãos reguladores.
- O tratamento não segue o que é preconizado pelo SUS e não há informação sobre pessoas que tenham se recuperado – afirmou Carlos Afonso Marcondes Medeiros, que era presidente do CRP na época das denúncias.
O pastor Milton Marques responde à denúncia do CRP afirmando reconhecer que o local não tem as condições ideais pra o tratamento, mas questiona o que é melhor para os pacientes, ficar na chácara ou voltar para as ruas e continuarem com o uso de drogas.

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